1.2.11

Dança



Naquele dia ele sentiu uma falta.
Uma saudade das coisas que passaram.
E mesmo sabendo que elas não tinham mais nada a ver com ele,
precisava desenterrá-las.
Mesmo que fosse apenas um papel em branco.
Mesmo que fosse faca sem ponta.
Pôs os velhos cd’s pra tocar,
e dançou com todas as lembranças,
uma após a outra,
e todas juntas no fim.
Dormiu descansado,
sem nenhuma lembrança a seu lado ao acordar.

3 comentários:

Aninha Kita disse...

Nossa, que conto perfeito! Adorei, adorei! Eu me identifiquei muito.
Às vezes é mesmo preciso reviver lembranças para deixá-las partir.

Ah, perfeita a imagem, casou muito bem.

Abraços!
Ana

Aninha Kita disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Aninha Kita disse...

Voltei pra reler. O mês nem acabou, mas a vontade já apareceu.
Acho que tem a ver com o conto mesmo. Seu conto parece dançar no mesmo ritmo que lembranças minhas e lê-lo é como bailar num mesmo salão, quem sabe aceitar uma contradança.

Beijos!
Ana