We're Lost

Após seis temporadas, Lost está chegando ao fim. Muito mistério, cenas impossíveis de ficção científica e mortes bizarras e sem sentido marcaram a série.
Mas o verdadeiro sentido do programa não está na história, e sim no espectador.
Sim, pois o que seria da série, não fossem aqueles que a toda semana assistem aos episódios, tramam respostas mirabolantes e muitas vezes sem sentido para cada pergunta, cada cena sem resposta?
A grande sacada está em fazer com que quem assiste interaja. Fazer com que cada um se sinta parte daquele mistério, de toda aquela rede de acontecimentos aparentemente sem sentido, e queira desvendar tudo.
Mas, claro, em um confortável sofá, vendo pela TV.
Não em uma ilha macabra e tensa.

Avanço

Um dia que começa normal como qualquer outro, para logo depois desandar. Um "apagão humano" em massa por cerca de dois minutos, que transforma tudo em caos, com aviões caindo, carros explodindo, pessoas morrendo.
E no meio de toda confusão, ainda se descobre que praticamente todos os seres humanos, nesse breve tempo inconsciente, tiveram "visões" de si no futuro, algo bom ou ruim.
Essa é a temática de FlashForward, série ainda inédita no Brasil, mas já disponível na internet. Para sucessora de Lost, como vem sendo comentada, ainda falta aquele "algo a mais". Uma catástrofe exagerada talvez não seja o suficiente para manter alguém vidrado, mas inova ao tratar daquilo que vai acontecer, e não em "remendar" o que já foi, voltar no passado, o que já está virando clichê.
Assista sem se empolgar. Mas vale a pena.