17.9.11

Scars


É rotineiro o meu apego a alguma obra, seja ela uma arte visual, uma música, um livro ou algo televisivo. Ultimamente, eu ando consumindo perigosamente as emoções de algumas personagens. Há uns meses atrás fiquei um tempo sem respirar por mim mesmo com a leitura de "Até o dia em que o cão morreu", de Daniel Galera. "A extraordinária jornada de Edward Tulane" também me consumiu bastante, inclusive o descrevi aqui. As músicas do IAMX também vivem me embalando perigosamente, ainda que ultimamente tenha escutado mais o álbum "The Suburbs", da Arcade Fire.
Contudo, o que, neste exato momento, tem me marcado demais é o seriado britânico "Skins", mais precisamente as duas primeiras temporadas, que representam, dentro da série, uma geração que na terceira é substituída por outra. Desde o primeiro episódio senti uma diferença naquela série. Algo que fugia das tradicionais "séries-sobre-adolescentes-sem-nenhum-problema-a-não-ser-amor". O amor, aí, é um dos menores problemas. As personagens lutam com dilemas pessoais, tabus, drogas, preconceito, mas de uma forma livre de clichês, de finais ditos "lindos" onde tudo se resolve. Existem as possibilidades, as incógnitas, as perguntas a quais todos, jovens ou não, se apegam e constroem a vida em torno. Talvez o maior mote da série seja esse: o de como é instável e perigoso construirmos nossa vida a partir de um vir-a-ser. Longe de fazer qualquer denúncia, "Skins" é um retrato da vida, e apesar de colocar jovens como protagonistas, responde a dilemas presentes durante a vida inteira.

3 comentários:

Domingos Barroso disse...

é sempre bom ser tomado
de sobressaltos pela Arte
...


forte abraço,
camarada.

vira disse...

hii salam kenal iya dari vira .. :)
jangan lupa mapir keweb vira iya di http://www.rumahkiat.com/ vira mau berbagi pengalaman nih.:)
wah bagus juga iya blog ka2 ... ^_^ good luck iya..
SALAM BLOGER INDONESIA!! ^__^

Lêda Maria disse...

E o que existem: possibilidades ^^