Quando jovem andava pelas ruas mais caras da cidade,
só pra ter certeza de como seria em torno de dez anos.
Quinze anos depois morava lá, e enquanto o filho mexia no Wii,
e a mulher tagarelava no telefone com a vizinha distante duas quadras (fulana estava horrível ontem no jantar, não?), caminhava para bem longe.
Desejava que um dia tudo voltasse ao normal.
O dia em que olharia para aquela árvore estranha embaixo de um dia acinzentado e acharia a melhor coisa do mundo observar o rio passar devagar.
Um comentário:
Que lindo!
Só se sabe o quanto valia quando se perdeu. E "ter" vai sobrepondo a tudo, até não sermos nada.
Beijos, beijos!
Ana
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