19.3.11

Das coisas simples da vida

Quando jovem andava pelas ruas mais caras da cidade,
só pra ter certeza de como seria em torno de dez anos.
Quinze anos depois morava lá, e enquanto o filho mexia no Wii,
e a mulher tagarelava no telefone com a vizinha distante duas quadras (fulana estava horrível ontem no jantar, não?), caminhava para bem longe.
Desejava que um dia tudo voltasse ao normal.
O dia em que olharia para aquela árvore estranha embaixo de um dia acinzentado e acharia a melhor coisa do mundo observar o rio passar devagar.

Um comentário:

Aninha Kita disse...

Que lindo!
Só se sabe o quanto valia quando se perdeu. E "ter" vai sobrepondo a tudo, até não sermos nada.

Beijos, beijos!
Ana