18.8.10

Indiferença

Raramente trocavam palavras. Um dia havia sido diferente, hoje era uma palavra aqui outra ali. Oi tudo bem? tudo. que bom. É. Tchau.
Pareciam se evitar como se ambos possuíssem algo pior que uma doença. E talvez, era. Vai saber.
Passavam semanas sem qualquer contato, para de repente um ligar ao outro sem motivo, às vezes ela, às vezes ele. Tô com saudade. Eu também. Na minha casa em duas horas? Pode ser. Ta, te amo. Eu também.
Se encontravam, conversavam, se amavam como se não houvesse nenhuma barreira. Como se não fossem estranhos.
No dia seguinte, seguiam suas vidas sem lembrar da noite anterior.

2 comentários:

Aninha Kita disse...

Genial, genial! *-*
Maravilho, embora triste e recorrente.

Abraços!
Ana

ítalo puccini disse...

cotidiano

:)