A tevê diz "vem pra rua", mas que rua, aquela asfaltada ou a virtual, onde todo mundo coloca a máscara look-do-momento buscando aprovação e curtires incontáveis, sonho antigo de lembrança eterna diluído em uma vida virtual? Somos todos fantoches, somos todos Pinocchios, fala uma voz situada entre algum lugar da compreensão ou não. Quem promove as ações não deixa de querer algo por trás, nem que seja um reconhecimento cibernético ou político.
Não existe vida fora do seu ego.
Os que realmente querem mudança estão mortos, se não fisicamente, intelectualmente: o sistema não deu a eles o direito de se aprofundar nos estudos da vida. Sobrevivência que garante sobre-vida.
Nunca uma vida voltada ao pensamento crítico.
Vem pra rua, todas elas, não importa. De uma forma ou outra, seu pensamento está sendo orientado.
(e às vezes tenho a certeza de que somos meras cobaias em um laboratório de testes, incentivados ou desacreditados por desejos maiores)
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