Leituras feitas, filmes vistos, viagens realizadas de forma física ou lírica. As leituras foram maiores do que o exposto, assim como os filmes, e também houve mais encontros “externos”, contudo seriam lugares demais, personagens demais e falas demais para lembrar agora, no fim das férias. Porque descubro que no fim essa escrita serve como um adeus a esse período que foi intenso, de recarregamento de energias e todos aqueles clichês. Que são necessários. Há arrependimentos como em qualquer momento. Lamentei o fato de ter perdido tempo com pessoas não tão necessárias assim nesse período de descanso, assim como perdi tempo assistindo a filmes ruins ou lendo obras de pouco valor. Mas as férias não são um apêndice, obviamente constituem a vida. E obviamente assim como nas férias eu tenho perdido muito tempo com filmes pessoas livros e músicas ruins.
Um mal necessário, talvez.
Ou talvez isso possa ser mudado.
Talvez seja minha sina.
De qualquer forma, perder tempo pensando em que se perde tempo é uma forma horrível de gastar... a vida.
E na última “balada” antes que a rotina voltasse com trabalhos e estudos e (por que não?) leituras acadêmicas empurradas (ou não), eu não estava de fato naquele local, mas no ponto oficial de partida das minhas férias: a noite citada na primeira parte desse relato. Não era em uma praia, mas em uma ilha em Xangai. Apresentações circenses à parte, o povo estava bem animado, exceto por uma mulher que vivia a perguntar a todos se achavam ela legal. Acho que era o excesso de bebida, sei lá. Não me importava mais. Com nada. Estava em um local diferente e sabia disso. E não tinha mais volta. Levaria para além das férias.
Quando estava saindo, Typhoid Mary apareceu, sexy como sempre, e perguntou:
“Quer brincar com fogo, docinho?”
É minha sina.
Por que não?
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