5.6.11

(re)configuração

Um homem senta num banco daquela praça nova.
Arfa pesadamente. Falta-lhe ar.
Começa a pensar em tudo o que fez, o que foi e não foi,
o que teve,
quem não teve,
felicidade ou falta dela,
danos ou acertos,
e enquanto o ar saía lentamente de seus pulmões,
chegou à conclusão de que,
se pudesse voltar no tempo, recuperar o tempo perdido,
apenas o perderia novamente,
de outras formas.

Um comentário:

Aninha Kita disse...

Lindo isso! E que ritmo, genial.

E cá a narrativa curta, naquela vívida dúvida de prosa ou verso, não é?

Beijos, beijos!
Ana