18.2.11

Passeata

Ela me convidou pra uma festa que nunca aconteceu.
Ela chegaria num tapete vermelho daqueles bem caros e vestida feito rainha procurando seu príncipe de plástico pra poder encher a cara de vinho sem pai nem mãe irmão cruz deus.
Na verdade ela não agüenta mais acordar sempre à tarde e perceber que a vida vai, vai, vai e nunca volta, mas sempre para em algum canto cheio de nada.

2 comentários:

Aninha Kita disse...

Muito bom esse conto! *-* Conta pouco, ainda assim faz com que criemos uma complexa descrição da personagem!
Adorei o trecho final "sempre para em algum canto cheio de nada". Quantos de nós paramos nesses cantos, hein?

Beijos, beijos!
Ana

Emilene Lopes disse...

Um belo conto!
Encontrei seu blog por aí...rs
Gostei, vou ficar!
Bjs
Mila