10.2.11

Discussão acalorada


Polêmico. Dessa forma me sinto mais confortável em definir “Como falar dos livros que não lemos?”, de autoria de Pierre Bayard. O ensaio, como o próprio título demonstra, abrange exclusivamente os livros dos quais não conhecemos, ou até ouvimos falar mas não o lemos. O autor sugere que nem todos os livros são necessários de uma leitura total. Certos livros, segundo ele, nem ao menos precisam ser folheados!
Como ponto positivo da obra, fica a crítica do autor à demonização de quem, principalmente em meio acadêmico, não leu esse ou aquele clássico. Pois realmente, devemos ter em mente que não conseguiremos ler, até o fim da vida, todos os livros que gostaríamos.
Porém, pelo menos a mim, não há nada melhor que começar um livro e lê-lo até seu último ponto. Seja ele bom ou ruim.

3 comentários:

ítalo puccini disse...

baita esse livro, neam? gostei por demais, escrevi bastante coisa a partir dele. ele polemiza com coerência, com argumentos.

abraços.

Anônimo disse...

Não li o livro e vou opinar. rs

Não-leituras são tão naturais quanto a prática da leitura, é o que eu penso. E vou explicar: trata-se de escolha.

Os livros que eu não leio dizem coisas a meu respeito tanto quanto aqueles que eu decidi ler.

Há também livros que nos surgem quando ainda não estamos prontos pra eles. Assim como alguns livros são fundamentais para a nossa formação.

Em resumo: não se passa imune a literatura. Um livros muda a nossa vida, independente de a gente conhecer ele a fundo ou não. O mesmo vale pras pessoas.

Obrigado pela presença no InterTextual.

Eduardo Silveira disse...

rapaz,
assim como o íta, gostei bastante,
especialmente pelo que vc disse, de ir contra essa demonização a quem não leu o livro "tal", etc.
acho que é possível falar de um livro do qual pouco, ou até nada se leu, desde que . claro, se não leu, não se pode teorizar, discorrer muito sobre o livro (tudo aquilo que a Academia faz), mas estabelecer relações com outros livros e com seu tempo é super possível. talvez bayard foque nisso.

(se não me engano, ele diz q nunca leu madame bovary. nisso não acreditei ;P)