Ele estava voltando de ônibus num domingo à noite de uma daquelas viagens monótonas feitas para agradar seu coração de mentira.
Na poltrona atrás dele,
uma moça que
lembrava sua
ex-mulher.
Foi o suficiente para fazê-lo arriscar uma abordagem em um momento qualquer da viagem, quem sabe aquela parada de vinte minutos pro café.
A conversa fluiu entre os dois.
A conversa fluiu entre os dois.
Feitos um pro outro em quinze minutos, mais perfeito que café expresso e pão de queijo às nove da manhã.
Com aquela falsa ex, ele preencheu todas as lacunas da ex original, e se livrou de todos os erros que havia cometido.
Em apenas uma hora e meia. Fácil.
No meio da viagem ela precisou trocar de ônibus. Ele foi junto.
Trocou uma cidade de plástico por uma ilha de papel.
2 comentários:
ilha de papel me soou tão magnífico como um título de conto ou de livro :)
abraços.
Que conto adorável! A frase final ficou magnífica, metáforas muito sagazes! *-*
Que 2011 seja feliz, literário e poético! :D
Beijos, beijos.
Ana
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