7.3.15

O Incerto que Passou a Ser o Que Você Quiser

Era uma vez um menino que se fez artista acadêmico. Um artista pautado a partir de pressupostos teóricos. Xingando barões e condessas escassas, inventando estilos há muito reciclados. Fez simbiose traiçoeira com a arte, as marcas de tal amor ainda se fazem presente em seus ossos (sua mente repousa em algum lugar onde seu corpo não) mesmo havendo amor maior. Arte mata, arte ingrata, arte consuma, mate o menino para trazer a obra.
Bom filho à casa torna, sendo a casa um refúgio mental. Existe.
Várias viagens involuntárias, gasto de corpo e quilometragem pra mostrar que há um pedaço dele em cada cidade.
Vida a cidade das artes!
Viva o menino que se perdeu!
Via o escritor que nunca será!
Viva a fúria que sempre estará!
(foi-se a obra, ficou a linguagem)

Um comentário:

Anônimo disse...

Há muita graça neste menino e na sua obra. Tanto que não sei o que me conquista mais. Talvez fossem um só, ou talvez nada fossem do que arte pura e espontânea. De todas as possíveis projeções, fez-se menino. De todas as possíveis manifestações, fez-se arte.

Abraço, Nadia.