24.1.13

The Heinrich Maneuver

Assim como muros se erguem, medos também se estraçalham em suas guerras sem sentido, e uma hora é preciso se rebelar. Contra um sistema falho, um trabalho degradante, alguma pessoa insuportável. O ato de se rebelar pode ser considerado até como o de ter fé: é necessário, não importa como. Enquanto isso, pessoas estúpidas e orgulhosas esquecem seus telefones pois se julgam injustiçados pelas próprias canalhices, enquanto prepotentes assoberbados que julgam conhecer o mundo lançam pitacos sobre tudo como se tivessem propriedade, e ridículos são aqueles que pensam diferente.
Vivemos a ditadura da inteligência.
Você vive em uma bolha e acha que conhece o mundo só porque visitou Mumbai.
Sua sombra é invisível e não sabe.
E após dançar torto e perder, cair desajeitadamente em um lamaçal urbano e enxergar a escuridão entre frestas (alguns olhos não suportam claridão exagerada), um pouquinho de amor é encontrado dentro de uma árvore cortada na Avenida Paulista.
O amor é um et.
"Saudade é um sentimento escroto", ela disse. E é escrotamente necessário.
Como as coisas estão por aí?
Não ouvi. Não importa. Não quero. Não me importa lhe ouvir, na verdade. E não porque não me importe, mas sim porque você também não liga a mínima para o que você pensa.
Mas respondo por mim: por aqui tá tudo bem, valeu. Absurdamente clichê. E feliz.

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