1.5.12

Hear us roar

Esse post tem uma duração maior do que esse simples instante de escrita.
Como muitas coisas escritas, ele atravessa períodos. Mesmo antes de pensar em escrever este, ele já estava se desenhando. Tudo começou no fim do ano (inclusive há posts sobre aqui). Período de mudanças, incertezas, estava como os muitos personagens que li nessa minha (até agora) pequena vida, sem saber o que fazer. Decidi cortar alguns hábitos mas manti os piores. Me machuquei com quem nunca mereceria e ainda tentei bancar o good guy, essas coisas de sempre que todos fazemos algum dia. Continuei sem rumo. Desistindo de várias coisas pelo caminho. Perdendo gostos.
Construindo casas no meio do deserto.
Seguindo os gostos do resto do mundo. Me moldando aos costumes de uma sociedade que já não existe mais.
Tornando-me um produto.
Desistindo de tudo.
Tendo medo de tomar decisões importantes ou até mesmo querendo parar tudo por simples problemas de adaptação.
Nunca me pareceu até agora, mas estava tomando um caminho muito sem volta.
Pensando em ser alguém, eu me apagaria por completo.
E matei minhas escritas aos poucos.
(matei meus eus)
Matei minhas leituras.
(matei minhas vidas)
Matei.
(vida vazia)
Matei de novo.
(vida negra)
E de novo.
(amor de plástico)
E se mato meu "eu-literário" (que compreende tanto leitura como escrita), mato tudo que há em mim.
(denovodenovodenovo)

Esse post é um retorno.

Não há necessidade de entregar nada a ninguém.

Há necessidade de mais escritas.
De mais descobertas.
E menos arrependimentos.

Minha mente anseia novos anseios.

Não existe real e ilusão, estamos todos juntos.

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