18.3.12

As leituras e as mudanças


Meu ano começou mais imprevisível e menos megalomaníaco que no ano passado. Poderia até me comparar a qualquer personagem folhetinesco que pensa ter o mundo à mão para em um lance qualquer ver tudo se desmoronar. E (re)começar em meio a escombros. Mais "pé-no-chão".
Coincidentemente (ou não, porque acredito que fazemes essas escolhas de uma forma consciente mas sem pensar de fato), minhas leituras também têm sido imprevisíveis e mais simples. O ano passado foi o ano das leituras difíceis, dos artigos acadêmicos, do pseudo-glamour de achar que domina-se o mundo por ler (e entender) Saramago, Calvino ou Llosa. Entrei mesmo em cada um desses mundinhos complicados e charmosos, e carrego muita coisa comigo. Li muita obra brasileira contemporânea, e 99% do que li me agradou.
Mas é impossível (pelo menos para mim) viver em extremos.
É necessário também conhecer os "Outros", o pop, o trash, o desconhecido.
E foi pensando nisso que esse ano me aventurei em obras pulp como as de Jim Thompson, e indo mais além (e algo que rejeitaria àvidamente no ano passado) iniciei a leitura d'As Crônicas de Gelo e Fogo, de George R. R. Martin, obra de literatura fantástica que se popularizou com a série produzida pela HBO, Game of Thrones.
E todas essas experiências têm sido muito boas.
Têm combinado muito com meu atual momento.
E agora eu não me sinto mais no poder de julgar obra alguma, pois todas de alguma forma atingem a algum público. Mesmo que algo seja detestado por 99% do público, existe a parcela de "lovers", mesmo que seja ínfima.

Cheers.

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