23.6.11

Cedendo espaço

(Abro um espaço aqui no blog para outras pessoas também expressarem a sua escrita. São pessoas que não têm blog, e dessa forma considerei a melhor maneira de divulgar sua literariedade atarvés desse pequeno espaço. Dessa primeira vez cedo espaço à Luana Mayer, que faz Letras na Univille. Ela me mostrou esse texto e na hora me encantei com ele. E agora, torno público a vocês.)

Eu te amo! Eu te amo! Ela repetia aquela frase maldita sem parar. Como diabos ela não percebia a minha indiferença? Eu tinha nojo de olhar para aquela criatura. O cheiro da pele dela me dava asco. A cor dos olhos me irritava. Eu já havia dito para ela se mandar. Deixei claro que não a queria mais. A impressão que tenho é que não falamos a mesma língua, porque essa garota não me entende!
Meu email cheio de mensagens românticas. Ela pensa que eu não sei que nas festas que frequenta ela provoca os outros caras a troco de nada. Só pelo fato de se sentir desejada. Fico imaginando as mãos por baixo de suas roupas e as línguas por seu corpo inteiro. Eu não fui homem o bastante para lhe satisfazer, pelo jeito. Tanto faz. Isso que, segundo ela, existia amor na relação.
A única serventia dessa menina agora é o prazer que me dá. Depois de nos amarmos de forma doentia, como dois animais, acendo meu cigarro, me visto e vou embora. Preocupo-me apenas com minhas vontades. Pouco importa se a machuco. Pouco importa se ela se sente um lixo depois até porque é isso que ela é.
Fazê-la sentir-se suja. Mal amada. Usada. Despejar toda minha indiferença, essa é minha vingança. Meu conforto.

3 comentários:

Ale disse...

Que triste!

Lídia Borges disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Lídia Borges disse...
Este comentário foi removido pelo autor.